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Empresas só criarão valor se gerarem retornos em excesso, mas o que são retornos em excesso?

Retornos em excesso são os retornos que excedem o custo de oportunidade da empresa. O custo de oportunidade da empresa, por sua vez, depende do risco sistemático (não diversificável) do negócio e da estrutura de capital da empresa. O risco não diversificável está diretamente relacionado ao setor de atividade em que a empresa se insere e depende da composição da estrutura de custos e despesas que varia de setor para setor, exposição a risco cambial, demanda de seus produtos ou serviços (elástica ou inelástica), entre outros. A estrutura de capital é definida pela razão entre capital próprio e de terceiros na composição do capital total.

O custo de capital próprio é expresso pela fórmula:

Onde:

Ks = Custo de capital próprio

Rf = Taxa livre de risco

ß = Beta do setor que expressa o risco não diversificável

Erm = Esperado retorno de mercado

O custo de oportunidade é dado pelo custo médio ponderado de capital (CMPC), ou “Weighted Average Cost of capital” (Wacc), sua nomenclatura na língua Inglesa e expresso pela fórmula:

Onde:

Wacc = Weighted Average Cost of capital (custo de oportunidade)

Ks = Custo de capital próprio

Kd = Custo de capital de terceiros

S = capital próprio

D = Capital de terceiros

T = Tributos (uma vez que o capital de terceiros goza de benefício fiscal)

A empresa só criará valor se gerar retornos em excesso. O valor criado é medido pelo EVA (Economic Value Added), ou Valor Econômico Agregado, expresso pela seguinte expressão.

Onde:

EVA = valor agregado

NOPAT = Net Operation Profit After Taxes (Resultado operacional após impostos). Desconsidera despesas e ganhos financeiros, levando em conta apenas o resultado da operação.

Wacc = “Weighted Average Cost of capital”, que representa o custo médio ponderado de capital, custo de oportunidade da empresa

Investimento = O investimento é dado pelo Patrimônio Líquido + Passivos Onerosos.

O lucro operacional NOPAT, dependerá de uma gestão adequada da cadeia de valor da empresa (atividades primárias e de apoio), custos, despesas, estratégias corporativas, competitivas e funcionais e planejamento tributário. O custo médio ponderado de capital (custo de oportunidade), dependerá da decisão tomada pelo administrador financeiro quanto a participação de capital de terceiros no capital total da empresa.

Uma empresa poderá apresentar lucro contábil e destruir valor, bastando para isso que o lucro gerado não supere seu custo de oportunidade. Uma gestão voltada para a criação de valor deverá estabelecer direcionadores de valor “value drivers”, quantitativos e qualitativos.  Indicadores de desempenho KPI’s, permitirão medir, avaliar resultados e tomar ações corretivas em um processo dinâmico e interativo.